terça-feira, 24 de março de 2009

BARRAS INDIGESTAS - CASO 1

Gráficos que não começam no zero muitas vezes são propositalmente usados para enganar, pois exageram as variações. O gráfico abaixo do relatório anual de uma grande empresa brasileira ilustra a parcela do mercado a qual a empresa ocupa. Um olhar de relance no gráfico sugere que a sua parcela de participação no mercado cresceu cerca 2,5 vezes ou 250% de 2004 a 2006, mas prestando atenção na escala percebe-se que aumentou de fato cerca de 4% em relação a 2004. Este é um tipo de truque usado para enganar e confundir o leitor incauto.


Gráfico da participação de mercado retirado do relatório anual de uma grande empresa brasileira. Um exemplo de gráfico que não começa no zero, e faz parecer que as diferenças são maiores do que realmente são.

Gráficos como este são populares em relatórios anuais, pois podem facilmente fazer parecer que o faturamento da empresa aumentou em um terço, quando na realidade subiu apenas um vigésimo.

Dependendo do ponto que você escolhe como base, eles podem exagerar mais ou menos as variações, ou se concentrar em partes especialmente selecionadas da escala, a fim de corroborar o ponto de vista do produtor.

Embora eles sejam tecnicamente corretos, dão margem a conclusões contraditórias e a suspeitas sobre as intenções de quem os desenhou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, engana mesmo. Os olhos querem afirmar que é o dobro, mas mal passa de 2% de aumento...

Winandy, Charles-Edouard
Analista Programador
Stefanini IT Solutions

Alessandro Nicoli de Mattos disse...

Olá Charles,

É mesmo. E este é o truque mais simples de todos! E mais comum também! E, no entanto, é tão fácil de identificar.

Assine o Blog pelo Feed ou pelo e-mail! Assim é fácil de acompanhar!

[ ]s

Postar um comentário